terça-feira, 21 de abril de 2015

Explicar o que? Pra quem?

Quando da minha adolescência, irritava-me ao me ver obrigado a ter que dar satisfação de tudo para todos. Ter que explicar porque fiz ou não fiz algo. Dizia comigo mesmo que não deveria provar nada para ninguém. Não me via com esta obrigação.

Hoje, percebo uma pequena mudança. Continuo pensando que não tenho que provar nada para ninguém, todavia, as explicações precisam ser dadas,.. Desta vez, sem a pretensão de convencer a quem quer que seja.

A maioria das pessoas tendem a fazer valor de todo mundo e muitos desses valores estão aquém do valor real de determinado indivíduo. Por isto, e só por isto, as coisas precisam ser esclarecidas. Não se admite que elaborem-se ideias acerca de algo sem que se conheça, pelo menos, dois pontos de vistas. Porém, cabe ao ouvinte ou pesquisador, dentro de seu universo mental, tirar suas próprias conclusões.

Verdadeiramente, é preciso que se exponha com clareza e sinceridade, tudo o quanto for possível explicar. Entretanto, a pior parte (e igualmente inaceitável) é querer fazer as pessoas acreditarem no que se é relatado!

Decerto, tudo o que disse até aqui só tem validade se o indivíduo for sincero consigo mesmo. Assim, haverá convicção suficiente para qualquer afirmação e sem nenhum peso de consciência.

Agora, precisamos ter cuidado para não nos sabotarmos. Muita atenção ao que vai dentro de nós mesmo. A mentira parece exalar um odor que todos sentem. Muitos tentam enganar aos outros, se enganando. Tenham paciência...!! 

É preciso que saibamos quem somos, o que queremos e o que sentimos. Sejamos, nós, juízes de nós mesmo, para que não nos incomodemos com o ajuizamento dos outros.

Avaliemo-nos, constantemente!


Jáber Campos - Aprendiz de gente.'.

quinta-feira, 16 de abril de 2015

Salmo 91

Incrível a forma com a qual o salmista proclama sua fé em nosso DEUS!!!
No Salmo 91, ele declara que nada temerá, que andará sem medo,...!
Nunca, no decorrer de meus quase 46 aninhos, experimentei ler algo que me passasse tanta emoção. Sua confiança em DEUS é impressionante!

Agora, escrevendo estas linhas, lembro que, no último Evangelho no Lar, fora mencionado acerca da estranheza com a qual observamos este tipo de demonstração de fé. Às vezes, fazemos tantas juras de amor ao cônjuge, aos irmãos, ao namorado ou namorada, aos pais... Falamos de confiança com nossa equipe de trabalho, gestores, amigos, vizinhos,... E, quase nunca, esta confiança é verdadeira, sendo dita, apenas, para contarmos com a colaboração daqueles.

Entretanto, quando nos referimos à DEUS, eu, pelo menos, tinha o hábito de olhar para cima, em minhas preces, como se ELE fosse algo, alguém ou alguma coisa que estivesse longe de mim. Fosse uma Divindade inatingível em que eu precisasse, para obter alguma graça, recorrer ao segundo ou terceiro escalão. Mas, não é nada disto. ELE está mais perto de nós do que possamos imaginar. ELE está dentro de nós! Somos criação divina e somos carregados da Energia Criadora Universal. ELE habita em nós e somos seu templo! Apesar disto tudo, parece ser mais fácil dizer ao ente próximo que confiamos nele do que olhar para dentro de nós, enxergar a Divindade que existe lá dentro e dizer: "Meu DEUS, à Ti entrego minha vida, pois confio plenamente em Ti, meu Criador!".

Em Mateus, capítulo 6, versículo 25-26 está escrito:
 "...25Portanto, vos afirmo: não andeis preocupados com a vossa própria vida, quanto ao que haveis de comer ou beber; nem pelo vosso corpo, quanto ao que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o alimento, e o corpo mais do que as roupas? 26Contemplai as aves do céu: não semeiam, não colhem, nem armazenam em celeiros; contudo, vosso Pai celestial as sustenta. Não tendes vós muito mais valor do que as aves?..."

Meus queridos, o trecho acima é apenas uma pequena demonstração (sem tirar o brilho destas palavras) do amor de DEUS e da confiança que devemos ter para com ELE. Decerto que devemos, pela inteligência que nos fora dada pelo nosso Criador, agir com prudência e sabedoria. Todavia, acreditemos no Senhor! Ele nos proverá, desde que andemos em consonância com as Leis Divinas. Nossos problemas tenderão a piorar, dependendo do ponto de vista que usarmos. A fé e a esperança nos farão atravessar as fases mais problemáticas com alegria, pela convicção de que DEUS estará conosco em nossas caminhadas. Os problemas nos fazem crescer moralmente, emocionalmente e espiritualmente e, crescimento é progresso, e progresso é uma coisa boa. Então, busquemos enxergar nossa vida sem dramas, mas com confiança. Somos seres espiritualizados e precisamos ter em mente que o único responsável por nossos conflitos somos nós mesmos.

Portanto, andemos direito para termos o direito e a graça de sermos carregados pelo Grandioso PAI, e digamos à ELE: PAI, precisamos de Ti e Te amamos!


Jáber Campos - Aprendiz de gente.'.

sábado, 4 de abril de 2015

Malhar o Judas... Por que?

Ontem foi Sexta Feira da Paixão e hoje, naturalmente, é Sábado de Aleluia, dia de malhar o Judas. Mas, por que malhar o Judas????
Já se havia dito no Antigo Testamento que o Filho de DEUS viria à Terra, nascido de uma virgem, falaria do amor entre os homens, proclamaria a  adoração de um único DEUS, seria tentado, padeceria na cruz e retornaria ao terceiro dia consagrando a vida eterna. Estava tudo já desenhado. O que então se precisava era criar o ambiente e as condições necessárias para que tudo acontecesse...
Olhando assim, desta forma, Judas fora apenas um instrumento que, pela bondade de nosso Irmão Jesus e pelo que precisava ocorrer, foi perdoado por sua própria vítima (nada mais coerente, haja vista que o Cristo apenas deu exemplo prático para seus Discípulos e para o resto da humanidade daquilo que ele ensinava).
Judas foi traído pela sua incapacidade de perceber os ensinamentos do Mestre, por não compreender a "inércia" de Jesus diante dos desmandos do governo daquela época e dos ataques e ameaças contra próprio Filho do Homem. Mas, ainda assim, repito, tudo já estava devidamente "protocolado"!
Então, pergunto de novo: por que malhar o Judas?
Se as coisas precisam ocorrer por algum motivo, se por força da Lei de Causas e Efeitos, ou da Lei de Progresso, ou se pela Lei de Necessidades, ou por qualquer outro motivo, tudo precisa de um agente para sua realização e das condições para que aconteçam. Bom, se somos agentes utilizados pelas Leis Divinas para auxiliar na realização das obras, somos culpados por isto? NÃO!! Somos culpados pela incapacidade de compreender estas coisas e por querer atribuir culpas aos outros, por julgá-los e os querer malhar!
Então, para os agentes da Lei, o perdão!
Para os vitimados pela Lei, a compreensão e a sua auto restauração.
Para os que apenas observam as execuções impostas pelas Leis, o ensinamento.
Sigamos portanto, os vários exemplos expostos pela história para a Semana Santa: perdoar sempre, pedir esclarecimentos para as coisas que nos parecem absurdas e longe de nossa compreensão e nunca, nunca julgar o outro. Afinal, nada é tão simples que mereça apenas uma explicação!
Sigamos, pois, em paz conosco e com o próximo, buscando inspirações em DEUS, nossa Fonte Criadora.
Excelente Páscoa!


Jáber Campos - Aprendiz de gente.'.

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Como ser melhor?

Nesta semana, postei sobre um estudo que fizemos em casa e que falava sobre a evolução moral e espiritual.
Pois bem, uma das grandes sacadas que tive ocorreu há mais ou menos seis anos...
Meu filhote teve problemas no parto e fomos orientados a procurar uma série de especialistas para verificar seu estado físico e mental. Depois de várias e várias consultas, um neurologista emitiu um parecer: nosso filho sofreu de falta de oxigenação no cérebro, o que levou a uma Paralisia Cerebral leve, de certa forma, já que seu dano fora motor e a cognição dele havia sido preservada.
Até os três anos de idade, toda locomoção dele se dava de joelhos: jogava bola, cantava, pulava... Tudo de joelhos.
Naqueles tempos, eu todo impaciente e apressado com tudo, tive que começar a mudar de comportamento. Junto com minha esposa, iniciamos o tratamento para a reabilitação de nosso filho. Após várias experiências frustrantes em  diversas clínicas e termos passados por vários profissionais, depois de três anos, nosso filho iniciou seu tratamento no Instituto Baiano de Reabilitação onde, já na primeira consulta com o ortopedista, fomos sugestionados pelo médico a submeter nosso filho a uma cirurgia de alongamento de tendões nas duas pernas. Esta operação fez meu garoto ficar em pé e, com o auxílio da equipe de fisioterapeutas, dar os primeiros passos com seu andador.
Alguém consegue imaginar o que é esperar quase quatro anos para ver seu filho andar? Pois é. Esta foi a primeira grande mudança: paciência.
Logo depois, mais uma. Minha intolerância e irritabilidade para quando as coisas não saíam como eu queria ou no momento por mim esperado, fazia meu filho afirmar que eu, quando ficava com raiva, virava o HULK! No início, me aborrecia ainda mais. Depois passei a achar graça. Imaginem eu me transformando naquele bicho horrível, verde e extremamente embrutecido...!
Então, instigado por minha esposa (ela é psicóloga) e por estas observações que fui fazendo, comecei a avaliar-me e pensava: "Como posso permitir que meu filho, que tanto precisa de minha ajuda para coisas tão simples como tirar a roupa, alimentar-se e andar, me veja irritado, com aspecto tão transtornado ao ponto de ser comparado ao Incrível Hulk?"
Iniciei meu, talvez, mais importante processo de mudança, ao ponto de hoje ele, meu filho, mencionar  "quando você se transformava no Hulk, né pai?".
Claro que hoje ainda estou longe de ser um pai e um marido exemplar, tampouco anjo, mas acredito que estou um pouquinho melhor do era. Continuo exercitando minha paciência e tolerância, acreditando que a forma mais eficiente é pensar que:
  1. Não devo nem posso esperar nada de ninguém. Ao contrário, devo eu oferecer o melhor de mim. Se cada um fizer isto, nós também só receberemos coisas boas.
  2. Cada um tem seu próprio tempo para suas realizações. Não adianta querer que as coisas aconteçam no nosso momento, já que somente colheremos da nossa semeadura na época certa.
  3. O melhor é ser verdadeiro consigo e com os outros.
  4. Nós não nos cansamos. Os irmãos que, forçosamente, trabalharam no período escravocrata e viveram nas senzalas, estes sim se cansaram! Todavia, importante se faz um tempo de repouso para reabastecermos nossas alma e corpo com a energia necessária para o próximo dia.
Então, convem dar sempre uma olhadinha ao redor a fim de verificar se não há alguma coisa acontecendo em que precisemos dar atenção.
Acredite que sempre há melhorias esperando por nós para acontecer.


Jáber Campos - Aprendiz de gente.'.

Causas primárias

  Quem somos? Pra que viemos? Se nada é nosso, o que temos? Vida, vida longa e eterna. De que nós somos feitos, Se quando estamos no...